A definição que cada um tinha sobre o amor está sofrendo mudanças ou estamos experimentando um novo jeito de amar? E os estereótipos de amor romântico e casamento continuarão firmes e fortes ou eles estão com os dias contatos?
O amor romântico:
Crescemos com aquele ideal de amor de novela, aquele que diz que acharemos a pessoa “certa” e após encontrá-la, o relacionamento será um mar de rosas, que viveremos plenos, enquanto todos os nossos problemas sumirão, pois esse amor dará sentido à nossa vida.
Vou contar algumas mentiras que ouvimos durante toda a vida sobre o amor romântico:
- Quando se ama, você quer ficar sempre ao lado do ser amado.
- Quando se ama, não deseja mais ninguém.
- Sem o amado, a vida perde o sentido.
- A realização do casal é o casamento.
- É impossível ser feliz solteiro/sozinho.
Nisso surgem alguns problemas porque:
- Ninguém nunca será como a sua idealização.
- Não se pode colocar a responsabilidade da própria felicidade nas mãos de ninguém, pois isso deveria ser nossa prioridade, não do outro.
- Nenhum relacionamento lhe fará pleno.
O Casamento
O casamento já mudou desde a sua origem. No começo, ele não passava de um “negócio”, uma maneira de continuar com o patrimônio de famílias ricas. Uma vez que era acertado o dote (bens e dinheiro) no contrato de casamento, os noivos eram casados sem estarem apaixonados, mas “se apaixonariam um pelo outro com o tempo” e aquele compromisso teria que ser levado pelo resto da vida.
Aos poucos o casamento deixou de ser um negócio e, ironicamente, passou a existir um novo termo que gera repúdio em muitos: casamento por interesse. Hoje, os noivos têm o direito de escolha e se casam apaixonados. Entretanto, eles encaram o pesadelo do amor romântico e, por muitas vezes, deparam-se com o grande obstáculo da relação: o desencanto pelo ser amado.
O que se espera do casamento mudou muito. Antes os papéis eram distintos: para a mulher, bastava ser uma boa mãe e dona de casa. O homem tinha que prover o sustento da casa e ser um bom pai. Hoje, a lista de exigências cresceu: tem que te amar, ser amigo, companheiro e te satisfazer no sexo.
Isso gera o questionamento de que talvez seja esse o grande motivo do fracasso do casamento e das relações estáveis. Será que não estamos exigindo demais de quem está conosco? Apesar de não ser mais um negócio, por que ainda vemos o outro como um pote dos sonhos?
Mas e aí? Será que algo irá mudar?
Faço aqui minhas previsões, digamos assim, um tanto quanto futurísticas:
- Abortaremos a ideia de posse do parceiro. Não seremos mais prisioneiros dos nossos desejos devido à fidelidade imposta. Compreenderemos que o que realmente importa é o que o nosso parceiro faz e representa quando está conosco, o ele que fizer nas nossas costas pouco importa.
- E se numa dessas aventuras ele encontrar outra parceira pra viver outro amor paralelo, por que não? Uma vez que as cobranças do amor romântico e prazer sexual vêm levando o casamento ao seu fracasso, poderemos delegar a mais de uma parceira esses desejos. Por exemplo: “esta(e) será a mãe/pai dos meus filhos, aquela será a minha companheira pra lazer devido a muitos gostos em comum. A outra será a parceira ideal pra o sexo”.
- Deixaremos os rótulos de homossexual e heterossexual de lado. Não sentiremos atração por sexo, mas por pessoas. Seremos todos bissexuais.
Eu sei que isso aqui não passa de previsões, é impossível afirmar como será algo no futuro. Pode-se, no máximo, traçar possibilidades devido a alguns problemas enfrentados pela maioria dos casais hoje. Peço a opinião de vocês nos comentários.