Levando em consideração que o Swing é algo que, se não provoca interesse, no mínimo provoca curiosidade nas pessoas, entrei em contato com o “Johnny”, uma pessoa já bastante vivida no meio e que nos dará algumas informações chaves para a prática – ou não – do Swing!!! No fim, essas informações servem como um guia básico para saber um pouco mais sobre o assunto.
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Perfil:
Johnny é o apelido de um carioca de 32 anos, publicitário, morador do Rio de Janeiro. Frequentador do meio liberal há oito anos, conhecendo casais de todo o Brasil, além de produzir festas swingers há 2 anos, Johnny é um apaixonado pelas práticas de sexo liberais, especialmente sair com casais para ménage masculino (sem homo ou bi masculino).
Swing: fazer ou não fazer, eis a questão…
O termo swing se resume basicamente à troca de casais para o sexo, porém, o universo swinger vai bem além desta modalidade. Quando pensamos em swing hoje, podemos imaginar outras práticas de sexo liberal como: ménage feminino, ménage masculino, gangbang (prática na qual uma mulher transa com 3 ou mais homens ao mesmo tempo), e algumas outras, além da troca, é claro.
Muito provavelmente cada um de vocês que lê este texto já imaginou ou fantasiou com alguma dessas práticas, o que é normal. Agora fica a pergunta: fazer ou não fazer?
Há uma distância muito grande entre fantasiar e realizar a fantasia. Esta distância pode ser maior ou menor, de acordo com as dúvidas e inseguranças do casal.
Um erro muito comum é buscar o swing como ferramenta para salvar o casamento. Jamais faça isso, pois certamente o casamento afundará de vez. Se as coisas não estão bem na relação, a prática do sexo liberal com outros parceiros causará mais inseguranças, dúvidas e ciúmes.
Outro erro terrível é a busca do swing por pura satisfação individual, que é mais comum por parte dos maridos, o que não quer dizer que também não aconteça por parte das esposas. Lembre-se de que se trata de um casal e a prática do sexo liberal deve ser um prazer para os dois, jamais forçando a barra para algo que o parceiro(a) não queira. O diálogo é fundamental.
E se eu tenho um relacionamento feliz, mesmo assim corro riscos de me decepcionar com o swing?
Sim! O risco sempre há, em tudo na vida. Você pode se decepcionar por vários motivos, desde a escolha do local e das pessoas erradas, o que pode causar uma má impressão, ou até por você perceber que na fantasia é legal, mas na prática não te agrada, não serve para você.
Como iniciar neste delicioso mundo hedonista do swing?
A melhor solução é sempre o diálogo. Aproveitem o momento do tesão durante o sexo para falar safadezas e fantasias. É importante lembrar que muita coisa que se fala na “hora h” fica esquecida depois, portanto, aproveite aquele momento de bate-papo do casal depois do sexo (lanche, cigarro, café) para tocar nas fantasias citadas no momento do tesão, agora com mais sobriedade. Buscar informações, sites, blogs, fotos, vídeos, tudo isso pode ajudar a estimular, criar coragem e aumentar o desejo.
Onde iniciar?
Há muitas opções, que nem sempre são as melhores.
Muita gente procura salas de bate-papo na internet, baladas comuns, redes de relacionamento swinger (espécies de “facebook do swing”) e as baladas liberais (swingers).
De todas as opções, julgo a última ser a melhor. Pesquise na internet sobre as boates de swing da sua cidade, busque informações e escolha a que mais lhe parece interessante. Converse com o parceiro(a), afinal, a decisão deve ser dos dois.
Vá até a balada, tome o seu drink preferido para relaxar, curta a música, observe o comportamento das pessoas, seja na pista de dança, seja nos ambientes de sexo (quartos coletivos, cabines de toque, etc.). Tudo isso servirá de estímulo, aprendizado, aumentará o tesão e ajudará o casal a entrar no clima.
Vale ressaltar que há boates de swing para públicos diferentes. Algumas são frequentadas por um público de uma determinada faixa etária, outras pela localização e, também, pelos preços, que variam de uma boate para a outra.
Existem regras nesse meio?
Sim, há regras.
Na verdade são regras não escritas em lugar algum, que podem ser observadas no comportamento dos outros. O bom senso é fundamental.
Na pista de dança ou no bar, chegar junto para a dança, puxar papo ou fazer um elogio pode ser uma boa.
Em uma sala de sexo coletivo, a aproximação sutil, um toque no corpo do seu alvo, pode ajudar. Se a pessoa permitir, é sinal verde. Caso a pessoa tire a sua mão ou fale para você parar, não pense duas vezes. Pare imediatamente e busque outro parceiro(a).
O básico é:
1 – abordar com respeito, sempre.
2 – não insistir quando sua abordagem não for bem-vinda.
Importante lembrar:
Geralmente, uma boate de swing é frequentada por casais que se amam, têm filhos, família e trabalho. Mesmo que o casal ainda não esteja certo de que está pronto pra colocar suas fantasias em prática e queira, a princípio, apenas conhecer o local, não deve nunca esquecer que discrição e respeito aos outros frequentadores da casa são fundamentais. Observar o comportamento dos outros casais, se aproximar e bater um papo com alguns deles, tudo isso pode servir de aprendizado.
O uso de câmeras fotográficas é proibido, para preservar a identidade dos frequentadores.
Não deixe de levar preservativos. Sexo seguro sempre!
Casais armados por amigos, homens que levam garotas de programa e pessoas que tentam fazer penetração sem preservativo não são bem vistos no meio swinger.
É verdade que se eu chego na casa de Swing as pessoas já vão chegar dizendo que querem transar comigo? Isso não pode criar uma pressão para fazer coisas “antes do meu tempo”, pela pressão, calor do momento, etc?
Isso, em via de regra, não existe. É lenda urbana.
Claro que não podemos esquecer que sempre tem uma pessoa “sem noção” para fazer uma abordagem infeliz, mas normalmente não é o que acontece. A boate de swing é um ambiente no qual as pessoas se respeitam. Flertam, dançam, bebem, batem papo e quando rola a famosa química, tudo pode acabar em sexo, se for da vontade de todos.
É verdade que tem gente que finge que é casal só para transar nessas casas com outros casais? Tem como descobrir se um casal é “fake” e só querem “bagunçar” com casais de verdade?
Sim. Isso existe.
Para os mais diretos, que curtem ir para os ambientes de sexo coletivo e deixar a brincadeira rolar, não tem muito como perceber se o casal é armado ou não.
Para os mais cautelosos, a dica é observar na pista de dança, no bar. Claramente o comportamento dos casais verdadeiros, em geral, mostra muito mais cumplicidade, intimidade e afeto do que os casais armados.
É comum haver pessoas que vão para o Swing para realizar o fetiche de ver a sua esposa transando com outro? E do contrário, ou seja, a esposa que quer ver o marido com outras?
Sim! Hoje o ménage masculino é o campeão de audiência! Os casais procuram muito por ménage masculino (mulher com dois homens) e o gang bang (mulher com vários homens).
O inverso também acontece muito, tanto pela fantasia da esposa de ver o marido com outra, tanto por ela muitas vezes ser bissexual, quanto pelo pedido dos maridos, de ter mais uma mulher junto.
E se a gente gostar de alguém? Como abordar?
Não tem mistério. Pense que o meio swinger é um reflexo do mundo PB (preto e branco, normal, careta, como preferir chamar). Apesar do clima de tesão e safadeza, a abordagem deve ser com respeito e cautela. Observe, tente puxar papo, fazer um elogio. Se estiver na pista de dança, tente se aproximar, dançar junto.
Se o casal, solteiro ou solteira que for abordado não estiver interessado, eles vão encontrar uma maneira sutil de demonstrar isso.
É recomendado falar nome real e profissão, ou nesse meio é melhor usar nomes e informações “de guerra” para evitar possíveis problemas futuros?
Como falei em outro tópico, a discrição é fundamental. Se você quiser revelar sua identidade e falar da sua vida pessoal, é um direito seu, mas não espere o mesmo dos outros. Normalmente se usa algum apelido para proteger a verdadeira identidade. O mais comum é as pessoas só revelarem nomes verdadeiros e detalhes da vida pessoal depois de se conhecerem melhor, constituirem uma amizade.
Se a transa ou o contato tiver sido bom, vale a pena trocar contato ou é melhor que a fantasia fique apenas naquele dia?
Isso é algo muito particular. Conheço casais que não trocam contato e não mantêm relações de amizade com ninguém no meio swinger. Simplesmente vão até as boates, realizam seus desejos e vão embora, sem manter nenhum tipo de vínculo ou relação fora dali. Há muitos que preferem trocar contatos, marcar outros encontros e fazer amizade. Vai da cabeça de cada um. O importante é fazer da maneira que seja melhor pra si, que o faça se sentir mais seguro.
Uma informação sobre prevenção e DSTs, pois afinal, qualquer um pode estar contaminado, e em qualquer ambiente:
O básico é o uso da camisinha.
Sabemos que não é só a penetração que transmite DSTs, portanto, todo cuidado é pouco.
O ideal é que o sexo oral também seja com preservativo, mas convenhamos, nunca vi em toda a minha vida alguém que fizesse sexo oral de camisinha, o que não quer dizer que seja o certo a se fazer.
Se trocar de parceiro(a), troque de camisinha novamente, claro!
Apesar de que quem vê cara, não vê coração, portanto, também não vê doenças.
Espero que as dicas ajudem vocês!
Abraços,
Johnny
johnny@swingreal.com (e-mail / skype)
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PS: Amanhã ou depois será postada uma entrevista mais detalhada que fizemos com o Johnny sobre esse mesmo assunto!! Ficou show!